O espetáculo é resultado de um estudo corporal que teve como mote as Alimentadeiras de Almas, manifestação religiosa singular da região do Sertão do São Francisco. Na coreografia, os artistas perambulam por um caminho de fé e devoção, buscando em cantos trêmulos e nas batidas do coração penitente sensações e lições, seguindo ao som da matraca que rege o terço de cânticos, assim em eterna doação. São corpos rodeados pela ideia do pertencimento e da tradição, alinhados à ressignificação dos sentidos encontrados na cultura local para uma linguagem contemporânea. A peça é mais um projeto da Coletivo Trippé, que surge em 2011 como um espaço que reúne pessoas sedentas por ser cena e por compartilhar afetividades. O grupo é vencedor dos Prêmios Quarta que Dança e Viva a Dança.

Concepção, direção e coreografias: Regiane Nascimento e Adriano Alves
Bailarinos: Regiane Nascimento, Rafaedna Brito, Julia Gondim, Mary Ane Nascimento e Adriano Alves
Trilha sonora original: Sônia Guimarães
Concepção de figurinos: Maria Agrelli
Criação e execução de iluminação: Carlos Tiago
Orientação artística: Jailson Lima
Concepção de cenografia e programação visual: Adriano Alves
Concepção de maquiagem e assistente de figurinos: Regiane Nascimento
Colaboração criativa: Wendell Britto, Rafael Sisant, Cleybson Lima e Clara Isis
Desenhos: André Vitor Brandão
Confecção de figurinos: Xuxu
Produção: Nilzete Miranda