MENÇÃO HONROSA - 20 anos de existência

A FIANDEIROS - Em seus 20 anos de fundação, a Companhia Fiandeiros de Teatro, uma das mais atuantes do Estado, elabora seu repertório de espetáculos com base na dramaturgia pernambucana e no desenvolvimento de novos processos dramatúrgicos, com textos originais criados a partir de pesquisas realizadas pelo grupo. Dez montagens fazem parte do repertório da Fiandeiros: "Vozes do Recife – um concerto poético" (2004), "O capataz de Salema" (2005), "Outra vez, era uma vez...." (2008), "Noturnos" (2011), "Uma Antígona para Lúcia", "Caliban - Um olhar sobre A Tempestade" e "O canto do cisne", esses três de 2015,“Vento forte para água e sabão” (2016), Histórias Por Um Fio (2017) e Cantigas de Fiar (Show musical - 2019). O Espaço Fiandeiros, que sedia a companhia, abriga seus diversos projetos e pesquisas, entre eles a Escola de Teatro Fiandeiros, que nos seus 15 anos de existência, já formou mais de 3.000 novos artistas entre crianças e adultos em Pernambuco.

TEATRO

Começou sua carreira em Recife aos 14 anos realizando espetáculos amadores. Participou ainda de seriados como A Grande Família e Linha Direta. Ingressou no elenco de Zorra Total em 2004, ficando até 2016, onde criou os bordões: “Isso não te pertence mais!”, “Desenrola, carretel” e “Isso pode", vivendo Gislaine, Dra. Lorca e Lucicreide, personagem de sua autoria.[7]

Atuou em 2012 na novela Gabriela, que contou ainda com a cantora Ivete Sangalo no elenco, em seu primeiro trabalho fixo como atriz. No remake, assinado por Walcyr Carrasco, a atriz viveu a abastada e fogosa Olga Bastos, casada com Tonico Bastos (Marcelo Serrado). Em 2013, aceitou trabalhar novamente com Walcyr Carrasco, agora em Amor à Vida. Ela vivia a enfermeira Perséfone, uma mulher sonhadora e romântica, virgem, que nunca chegou a amar de fato alguém até encontrar Daniel (Rodrigo Andrade), com quem se casa e perde a virgindade. Integrou no elenco da nova Escolinha do Professor Raimundo, interpretando Dona Cacilda, vivida originalmente por Cláudia Jimenez.

No cinema, Fabiana estreou em 2003 no filme Marina, seu primeiro curta-metragem, dirigido pela diretora e produtora Isabel Diegues. Depois vieram os filmes Trair e Coçar é Só Começar (2006), A Máquina (2006), Xuxa Gêmeas (2006), O Palhaço (2011), Meus Dois Amores (2012), Casa da Mãe Joana 2 (2013),[8] Loucas pra Casar (2015) Lucicreide vai a Marte (2021) e Tô Ryca (2016).

No teatro, entre outras produções, protagonizou a versão brasileira de Gorda (2010), de Neil LaBute. Em A Vida Em Rosa (2012) de Adriana Falcão, além de atuar, realizou sua primeira produção. Em Nessa Mesa de Bar, Fabiana mostrou sua versatilidade como artista cantando sucessos do cantor pernambucano Reginaldo Rossi.

Além de atriz Fabiana é escritora. Em 2013 lançou seu primeiro livro infantil: O Rapto do Galo. Em 2017, deixa o elenco do humorístico Zorra.[9] Em 2018 fez parte do Sitcom Dra. Darci.

MÚSICA

Maria Madalena Correia do Nascimento (Itamaracá, Pernambuco, 1944). Cantora, compositora, cirandeira. Patrimônio vivo do estado de Pernambuco, é reconhecida por sua atuação como divulgadora da ciranda no Brasil e no exterior.

MENÇÃO HONROSA - 50 anos de Teatro

Jornalista, ator, diretor, dramaturgo e Produtor. Menção honrosa pelos seus 50 anos de teatro. Manoel Constantino, nasceu em Santana do Ipanema, Alagoas. Atua no teatro pernambucano desde 1973, com participações expressivas, como ator, produtor e diretor em diversos espetáculos - cerca de 50 peças -, dentre elas:

“O Pequeno Teatro da Felicidade”, “A Viagem do Barquinho”, “Vamos Jogar o Jogo do Jogo”, “O Suplício de Frei Caneca”, “A Revolta dos Brinquedos”, “Briga Bode, Briga Onça”, “A Noite dos Assassinos”, “Peter Pan”, “Vila dos Mil Encantos”, “Equus”, “A Viola do Diabo”, “Pinóquio”, “Flicts, a cor”, “Batalha dos Guararapes”, “Paixão de Cristo do Recife”, “Ana Clitenminestra”, “Sem Medo De Ser feliz, Aí Que Medo Que Dá!”, “O Filho do Herói”, e os premiados “Uma História de Amor” (as duas montagens que dirigiu recebeu diversos prêmios), “O Rei Artur”, “Maria Borralheira”, “Mudanças no Galinheiro”, “A incrível Viagem”, “Revolução da América do Sul”, “A Flor e o Sol”, “Convite de Casamento”, “O Circo Chegou e o Palhaço Sumiu” – Prêmio Apacepe de Teatro/2002 – Melhor Música de Teatro infantil.

Com “O Doce Blues da Salamandra”, recebeu o Prêmio Montagem da Fundação Nacional de Arte (Funarte), tendo recebido a indicação para Melhor Trilha Sonora do Prêmio Apacepe de Teatro/2004. Produziu e dirigiu um dos maiores sucessos do teatro infantil em Pernambuco dos últimos anos, o espetáculo A Flor e o Sol, prêmio Apacepe de Teatro de melhor espetáculo infantil, melhor diretor, melhor atriz, melhor atriz coadjuvante, melhor texto e melhor figurino, que em um ano e meio de temporada atingiu cerca de 25 mil espectadores.

Sua direção em Revolução na América do Sul, recebeu onze indicações para os melhores de teatro adulto/98, incluindo o de melhor diretor, recebendo os prêmios de melhor ator coadjuvante e melhor iluminação. Na primeira versão da montagem, recebeu o prêmio Mandacaru de Prata, para melhor espetáculo, melhor cenário, melhor atriz coadjuvante, na Mostra Nordestina de Teatro. Criador do projeto oficina A Busca do Ator, recebeu o Prêmio Estímulo ao Teatro/1998, do Ministério da Cultura- Funarte, montando a peça Viva o Cordão Encarnado, com um elenco de 21 atores/aprendizes. Em 2004-2005, escreveu e dirigiu As Viagens da Turma do Fom Fom, peça educativa com financiamento do Detran-PE, com produção da Página 21, circulando por 26 cidades pernambucanas, num total de 99 espetáculos, assistidos por 30 mil crianças. Em 2005, fez a direção artística do Balé Deveras, com o espetáculo comemorativo dos 25 anos da companhia, que recebeu o prêmio Apacepe de Dança – Melhor Coreografia Popular. Em janeiro de 2006 dirigiu para a Trupe do Barulho, a comédia As Criadas Mal Criadas, que continua em temporada atingindo cerca de 60 mil espectadores. Em outubro/2006, fez a estréia do cordel original de J.Borges, A CHEGADA DA PROSTITUTA NO CÉU, no qual fez adaptação e direção. Com A Chegada..., recebeu indicações para melhor espetáculo, melhor diretor, melhor maquiagem, melhor música, melhor figurino, melhor ator coadjuvante. Recebeu o prêmio de Melhor Figurino. Estreia em 21 de outubro de 2008, como diretor, o espetáculo Oxente!, cartaz do Teatro Barreto Júnior. Estreia, em 2009, Andanças do Tempo, de Valdir Oliveira, com direção de Manoel Constantino. Em 2021 lança nas redes sociais o espetáculo “Confissões Urbanas”, projeto aprovado pela Lei Aldir Blanc, Recife. Atualmente está dirigindo e em temporada com o espetáculo A Batalha da Vírgula contra o Ponto Final, que recentemente recebeu os prêmios de Melhor Espetáculo, Melhor Diretor, Melhor Atriz e Melhor Figurino, no Festival das Águas de São Benedito do Sul. Como poeta publicou: Esquinas (Ed. Pirata/1980); Açoite (Ed. Grumete/1982); Ardências (Ed. Bagaço/1996). No prelo: “Cais”, de poesia. Também escreve crônicas domingueiras pelo Facebook desde 2015. Em prosa publicou “Aurora”(Editora Mariposa), Anjo de Rua (Cepe/2010) e “A Menina que vendia rosas encarnadas” (Editora Pirata). Foi editor e um dos autores do livro Brincantes, editado pela Fundação de Cultura da Cidade do Recife. O projeto recebeu o prêmio de Difusão Cultural do IPHAN. Com “Anjo De Rua”, recebeu o 1º lugar no Prêmio Cepe de Literatura Infantil e Juvenil/2010/2011. Com este mesmo livro foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura/2012, na categoria juvenil, ficando entre os 10 melhores livros do Ano, no Brasil.

Em 2018, recebeu o Prêmio Elita Ferreira, de literatura infanto-juvenil, pela Academia Pernambucana de Letras, com o livro “A Menina que vendia rosas encarnadas”.

CIRCO

Benjamim da Silva, que o circo batizou como Palhaço Casquinha, já nasceu no picadeiro, em 1944, descendente de artistas da trupe do Circo Nawellington. Foi logo introduzido às artes circenses, tendo experimentado e aprendido de tudo um pouco, do trapézio à mágica, até escolher a palhaçada. Fez incursões na música, chegando a integrar o Trio Quentinho Pé de Serra, como sanfoneiro. Em 2024, ele e a multidão de personagens que carrega completam 80 anos de vida, aplausos e risos.

MENÇÃO HONROSA - 30 anos de existência

Grupo Experimental, nasce no Recife em 1993, nesses quase 30 anos, o Grupo acabou criando uma crônica sobre a cidade em suas obras, trazendo à tona questões que acabaram provocando a pesquisa do Experimental com um olhar sensível sobre seu povo, política, suas problemáticas, riquezas, belezas, feiuras.... Construindo mais de 20 obras de dança no seu repertório. O Grupo já circulou por todas as regiões do Brasil, além dos países: Peru, Equador, Argentina, Chile, Paraguai, Portugal, Itália e Espanha. Impulsionado a pensar estratégias de compartilhar/socializar sua pesquisa em dança, o experimental criou e realizou durante 10 anos o projeto social Núcleo de Formação em Dança que atendeu mais de 600 jovens passando pelas aulas de dança promovidas pelo Grupo no Espaço Experimental (sua sede), possibilitando que jovens de escolas públicas e comunidades da região metropolitana pudessem realizar sonhos, hoje temos alguns deles dançando no Brasil e em alguns países da América Latina e Europa. O Grupo também desenvolve o projeto de capacitação Reciclarte com 6 edições, um projeto ligado a formação, que prioriza os artistas locais a participarem de capacitações, oferecendo gratuitamente aos professores, pesquisadores, artistas, produtores e estudantes de dança trocas de aprendizados com outros profissionais do país. Desde 2016 investiga a obra Pontilhados – Intervenções Humanas em Ambientes Urbanos, esse trabalho encerra uma trilogia que estuda o corpo em relação as suas memórias afetivas e dos corpos ilhados dessa memória experimental, levando para as ruas do bairro ilha, onde o grupo habitou por mais de 20 anos, sua primeira obra de intervenção itinerante pelo seu território. Em 2018 o Grupo aprova através do edital Rumos do Itaú Cultural esse projeto, possibilitando a pesquisa, residência e intervenções nas cidades de Porto Alegre e São Paulo. Em 2020 experimenta a intervenção na cidade de Salvador (BA), como objeto de estudo da coreógrafa e diretora do Grupo Mônica Lira no mestrado em Dança realizado na UFBA/BA. Durante a pandemia o Grupo lança dois produtos em audiovisual, o primeiro solo da coreógrafa com o título que descreve um pouco da situação política, econômica e social que o Brasil atravessava e vem atravessando, deu título a vídeodança "Os Ratos Não Estão no Porão". Lança ainda em 2021 o filme documentário Conceição em Nós, projeto que dialoga com uma das periferias da cidade, o bairro do Morro da Conceição, onde acontece a maior festa religiosa da cidade, onde o grupo tem a obra Conceição, inspirada e pesquisada a partir da festa, o trabalho criado no ano de 2007, recebeu prêmios e teve a oportunidade de circular pelo Brasil através do projeto Palco Giratório do SESC Nacional, agora vira um documentário. Esse ano o Grupo realizou o projeto: Intervenções humanas em conexões, na cidade de Medellín/COL, com pesquisa e montagem da obra Pontilhados – intervenções humanas em mundos desumanos, além de realizar uma residência artística que reuniu artistas da cidade na criação. O projeto teve parte do financiamento vindo do Governo do Estado de Pernambuco através do edital Funcultura, além de parcerias locais como a instituição COMFAMA. Em outubro participou do Festival Internacional de Dança do Recife, onde o grupo recebeu a homenagem pelos 30 anos de atuação ininterruptas na cidade, integrando a programação com várias ações como: estreia do espetáculo "CAOSMOSE", e uma exposição viva de alguns trabalhos do experimental nesses 30 anos; exibição do filme Conceição em Nós; apresentação da obra Pontilhados num outro formato, onde ocupou o Teatro do Parque com performances ao vivo e projeções dos lugares por onde a obra foi criada, e lançamento do livro Pontilhados – dançando experiências humanas em mundos desumanos, resultado da pesquisa de mestrado da coreógrafa e diretora do grupo Mônica Lira.

DANÇA

A passista Zenaide Bezerra, considerada a passista mais antiga em atuação no Brasil, nunca desistiu da tradição da família de ser brincante da cultura popular. Aprendeu o ofício com o pai, o renomado “Rei do Passo” nas décadas de 50 e 60, Egídio Bezerra. E assim como ele, ensina os passos para a família e para os amigos para que a tradição siga em frente e dê continuidade ao legado da Família Bezerra.

Em 1975, fundou o Grupo Folclórico Egídio Bezerra que agrega o Xaxado do Egídio, o Coco do Egídio, Ciranda do Egídio e o Grupo de Passistas Zenaide Bezerra. Com o objetivo de colaborar para os folguedos culturais de Pernambuco e, claro, de ser brincante e incentivar as novas gerações a brincarem a cultura popular também para serem a continuidade da tradição.

O Grupo de Passistas Zenaide Bezerra já faz parte, tradicionalmente, do Ciclo Carnavalesco da cidade do Recife e a passista já esteve representando o Frevo em diversas cidades do Brasil e fora do país também. Sua importância para o frevo e para o cenário cultural pernambucano foi registrado no livro “Zenaide Bezerra". No passo da vida são dois pra lá, dois pra cá”.

Em 2022, Zenaide Bezerra foi consagrada Patrimônio Vivo da Cidade do Recife, e no ano seguinte, a mesma foi homenageada do carnaval do Recife 2023, e assim fica consagrada sua história em nosso Estado, e Zenaide não para por aí, sendo sempre convidada a participar de grandes eventos do nosso Estado, pois está sempre disposta a continuar escrevendo sua história.

SATED – AÇÃO SOCIAL

Atriz, bailarina, arte-educadora e presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Pernambuco (SATED-PE). Ivonete Melo teve 42 anos de experiência ininterruptas nas artes cênicas em Pernambuco.

Menção Honrosa pelo 30 anos de Companhia.

No início da década de noventa, o movimento teatral em Pernambuco ainda era feito com alguns grupos sobreviventes da grande efervescência que viveu a década anterior, e ainda mantinha a tradição de circularem com espetáculo por várias cidades, nos diversos festivais e mostras que aconteciam. Foi nesse panorama que surgiu em Garanhuns em maio de 1993 o Grupo Cênico Calabouço, da necessidade de exercitar essa experiência de grupo, fortalecer o movimento teatral da cidade, de investir na montagem de textos onde o mote girasse em torno dos conflitos interiores, dos questionamentos que inquietavam a geração da época. O Grupo Cênico Calabouço formou-se em Garanhuns em 1993. Seu espetáculo de estreia foi A Revolta dos Deuses (1993). Seguiram: Dos Trapos Sentimentos... (1995), A Proscrita (1996), Alma Negra (1997). Em 1998, já com atuação em Recife, as montagens continuaram: As Loucas (1998), Hamlet: Alucinação, Murmúrios e Sussurros (2001), Beckett and Lispector (2007), Sistema 25 (2015), Santo Genet e as Flores da Argélia (2016), #MedusaMusaMulher (2018), Muribeca – Algo Sobre Viver (2020) e Todas as Mulheres de Cida (2021). O Calabouço possui um processo de valorização da sala de ensaio como campo de pesquisa, buscando temas que interfiram nas estruturas sociais, criando espaços outros de modos de vida, baseados nas emergências contemporâneas. São circunstâncias que levam ao espectador questionamentos que trazem à tona o lugar que o cidadão se insere e o papel que desempenha em uma sociedade de controle.